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14jul/121

InterNOT Explorer

Antes de me taxarem de hater ou fanboy: já usei muito o Internet Explorer. Também já usei muito o Netscape, Mozilla, Opera, Firefox e Chrome. E "muito", para mim, traduz como "por mais de um ano". Só não usei o Safari pois a primeira coisa que fiz ao migrar para Mac foi instalar um navegador familiar, para não se sentir tão deslocado.

Acredito que usei todos esses navegadores no seu auge, dadas as circunstâncias: Opera era imbatível nos Lentium com 32MB de RAM da faculdade. Firefox era absurdamente mais leve do que o Mozilla, e tão completo quanto. Depois que engordou, migrei pro Chrome. Netscape Gold não tinha muitas alternativas na época do Windows 3.11. E o Internet Explorer... Por um bom tempo estava na vanguarda, era leve e com recursos (proprietários) muito interessantes.

Como sempre acontece, tudo o que sobe, tem que descer. Hoje, todos os webdevelopers odeiam o Internet Explorer e vibram com a perda do browser share pelo mesmo, porém, parafraseando o Mark Twain, "os rumores sobre a sua morte são, sempre, um tanto exagerados". Independente da métrica adotada (pois, dependendo da métrica, o share do IE varia de 16.7% a 32.31%, na metade de 2012), o declínio da popularidade é evidente.

Esta seria a história do lado dos usuários. Mas o que me chamou atenção, recentemente, é a história do lado dos webdevs. Especialmente essas três notícias:

  1. Startup afirma ter economizado 100 mil Obamas deixando do lado a compatibilidade do seu produto com o Internet Explorer;
  2. Online shop cria "imposto Internet Explorer": clientes usando esse navegador pagam mais (a justificativa é a dificuldade de manter uma versão compatível do site);
  3. jQuery 2.0 abandonará o suporte a Internet Explorer 6, 7 e 8.

Seria equivocado afirmar que são essas as medidas que colocarão os últimos pregos no caixão do infame navegador da Microsoft. Para mim, estas são as evidências de que o seu share está, de fato, baixo o bastante para ser desprezado.